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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Olhar o Céu...

“De todas as especulações que atualmente se podem fazer sobre o mundo, nenhuma teria sido possível se os homens não tivessem visto nem os astros, nem o Sol, nem o Céu.
Porém, na situação efetiva, existem o dia e a noite, os equinócios, os solstícios, coisas que nos deram o conhecimento do número e nos permitiram especular sobre a essência do universo.
Graças a isso foi nos dada essa espécie de ciência, da qual se pode dizer que nenhum bem maior foi jamais dado ao homem...
O motivo pelo qual Deus criou a visão foi seu pre-conhecimento de que, tendo nós humanos observado os movimentos periódicos e regulares da inteligência divina nos céus, poderíamos fazer uso deles em nós mesmos:
Tendo estudado a fundo esses movimentos celestes, que são partícipes da retidão da inteligência divina, poderemos então ordenar por eles nossos próprios pensamentos, os quais, deixados a si mesmos, não cessam de errar. ”
(Timaeus, 47 c) - Platão



domingo, 19 de dezembro de 2010

O Guardador de Rebanhos

Alberto Caeiro (Heterônimo de Fernando Pessoa)

VIII - Num Meio-Dia de Fim de Primavera


     Num meio-dia de fim de primavera
     Tive um sonho como uma fotografia.
     Vi Jesus Cristo descer à terra.
     Veio pela encosta de um monte
     Tornado outra vez menino,
     A correr e a rolar-se pela erva
     E a arrancar flores para as deitar fora
     E a rir de modo a ouvir-se de longe.
     Tinha fugido do céu.
     Era nosso demais para fingir
     De segunda pessoa da Trindade.
     No céu era tudo falso, tudo em desacordo
     Com flores e árvores e pedras.
     No céu tinha que estar sempre sério
     E de vez em quando de se tornar outra vez homem
     E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
     Com uma coroa toda à roda de espinhos
     E os pés espetados por um prego com cabeça,
     E até com um trapo à roda da cintura
     Como os pretos nas ilustrações.
     Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
     Como as outras crianças.
     O seu pai era duas pessoas
     Um velho chamado José, que era carpinteiro,
     E que não era pai dele;
     E o outro pai era uma pomba estúpida,
     A única pomba feia do mundo
     Porque não era do mundo nem era pomba.
     E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.

     Não era mulher: era uma mala
     Em que ele tinha vindo do céu.
     E queriam que ele, que só nascera da mãe,
     E nunca tivera pai para amar com respeito,
     Pregasse a bondade e a justiça!

     Um dia que Deus estava a dormir
     E o Espírito Santo andava a voar,
     Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
     Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
     Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
     Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
     E deixou-o pregado na cruz que há no céu
     E serve de modelo às outras.
     Depois fugiu para o sol
     E desceu pelo primeiro raio que apanhou.

     Hoje vive na minha aldeia comigo.
     É uma criança bonita de riso e natural.  
     Limpa o nariz ao braço direito, 
     Chapinha nas poças de água,
     Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.  
     Atira pedras aos burros,
     Rouba a fruta dos pomares
     E foge a chorar e a gritar dos cães.
     E, porque sabe que elas não gostam
     E que toda a gente acha graça,
     Corre atrás das raparigas pelas estradas
     Que vão em ranchos pela estradas
     com as bilhas às cabeças
     E levanta-lhes as saias.

     A mim ensinou-me tudo.
     Ensinou-me a olhar para as cousas.
     Aponta-me todas as cousas que há nas flores.
     Mostra-me como as pedras são engraçadas 
     Quando a gente as tem na mão
     E olha devagar para elas.

     Diz-me muito mal de Deus.
     Diz que ele é um velho estúpido e doente,
     Sempre a escarrar no chão
     E a dizer indecências.
     A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
     E o Espírito Santo coça-se com o bico
     E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
     Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
     Diz-me que Deus não percebe nada
     Das coisas que criou —
     "Se é que ele as criou, do que duvido" —
     "Ele diz, por exemplo, que os seres cantam a sua glória, 
     Mas os seres não cantam nada.
     Se cantassem seriam cantores.
     Os seres existem e mais nada,
     E por isso se chamam seres."
     E depois, cansados de dizer mal de Deus,
     O Menino Jesus adormece nos meus braços
     e eu levo-o ao colo para casa.
     .............................................................................
     Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
     Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
     Ele é o humano que é natural,
     Ele é o divino que sorri e que brinca.
     E por isso é que eu sei com toda a certeza
     Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

     E a criança tão humana que é divina
     É esta minha quotidiana vida de poeta,
     E é porque ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre,
     E que o meu mínimo olhar
     Me enche de sensação,
     E o mais pequeno som, seja do que for,
     Parece falar comigo.

     A Criança Nova que habita onde vivo
     Dá-me uma mão a mim
     E a outra a tudo que existe
     E assim vamos os três pelo caminho que houver,
     Saltando e cantando e rindo
     E gozando o nosso segredo comum
     Que é o de saber por toda a parte
     Que não há mistério no mundo
     E que tudo vale a pena.

     A Criança Eterna acompanha-me sempre.
     A direção do meu olhar é o seu dedo apontando.
     O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
     São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

     Damo-nos tão bem um com o outro
     Na companhia de tudo
     Que nunca pensamos um no outro,
     Mas vivemos juntos e dois
     Com um acordo íntimo
     Como a mão direita e a esquerda.

     Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
     No degrau da porta de casa,
     Graves como convém a um deus e a um poeta,
     E como se cada pedra
     Fosse todo um universo
     E fosse por isso um grande perigo para ela
     Deixá-la cair no chão.

     Depois eu conto-lhe histórias das cousas só dos homens
     E ele sorri, porque tudo é incrível.
     Ri dos reis e dos que não são reis,
     E tem pena de ouvir falar das guerras,
     E dos comércios, e dos navios
     Que ficam fumo no ar dos altos-mares.
     Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
     Que uma flor tem ao florescer
     E que anda com a luz do sol
     A variar os montes e os vales,
     E a fazer doer nos olhos os muros caiados.

     Depois ele adormece e eu deito-o.
     Levo-o ao colo para dentro de casa
     E deito-o, despindo-o lentamente
     E como seguindo um ritual muito limpo
     E todo materno até ele estar nu.

     Ele dorme dentro da minha alma
     E às vezes acorda de noite
     E brinca com os meus sonhos.
     Vira uns de pernas para o ar,
     Põe uns em cima dos outros
     E bate as palmas sozinho
     Sorrindo para o meu sono.
     ......................................................................
     Quando eu morrer, filhinho,
     Seja eu a criança, o mais pequeno.
     Pega-me tu ao colo
     E leva-me para dentro da tua casa.
     Despe o meu ser cansado e humano
     E deita-me na tua cama.
     E conta-me histórias, caso eu acorde,
     Para eu tornar a adormecer.
     E dá-me sonhos teus para eu brincar
     Até que nasça qualquer dia
     Que tu sabes qual é.
     .....................................................................
     Esta é a história do meu Menino Jesus.
     Por que razão que se perceba
     Não há de ser ela mais verdadeira
     Que tudo quanto os filósofos pensam
     E tudo quanto as religiões ensinam?


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O Milagre das Folhas

Um amigo muito querido, o Hélio,  me deu este texto para ler, e ele ressoou tão forte em mim, que quis compartilhar com voces...


O MILAGRE DAS FOLHAS
Não, nunca me acontecem milagres. Ouço falar, e às vezes isso me basta como esperança.
Mas também me revolta: por que não a mim? Por que são de ouvir falar? Pois já cheguei a ouvir conversas assim, sobre milagres: "Avisou-me que, ao ser dita determinada palavra, um objeto de estimação se quebraria." Meus objetos se quebram banalmente e pelas mãos das empregadas. Até que fui obrigada a chegar à conclusão de que sou daqueles que rolam pedras durante séculos, e não daqueles para os quais os seixos já vêm prontos, polidos e brancos. Bem que tenho visões fugitivas antes de adormecer – seria milagre? Mas já me foi tranquilamente explicado que isso até nome tem: cidetismo, capacidade de projetar no campo alucinatório as imagens inconscientes.
Milagre, não. Mas as coincidências. Vivo de coincidências, vivo de linhas que incidem uma na outra e se cruzam e no cruzamento formam um leve e instantâneo ponto, tão leve e instantâneo que mais é feito de pudor e segredo: mal eu falasse nele, já estaria falando em nada.
Mas tenho um milagre, sim. O milagre das folhas. Estou andando pela rua e do vento me cai uma folha exatamente nos cabelos. A incidência da linha de milhares de folhas transformadas em uma única, e de milhões de pessoas a incidência de reduzí-las a mim.
Isso me acontece tantas vezes que passei a me considerar modestamente a escolhida das folhas. Com gestos furtivos tiro a folha dos cabelos e guardo-a na bolsa, como o mais diminuto diamante. Até que um dia, abrindo a bolsa, encontro entre os objetos a folha seca, engelhada, morta. Jogo-a fora: não me interessa fetiche morto como lembrança. E também porque sei que novas folhas coincidirão comigo.
Um dia uma folha me bateu nos cílios. Achei Deus de uma grande delicadeza.


Clarice Lispector
PS. Este conto foi apresentado pela Profª Cecilia Canalle, em sua palestra Adélia Prado: uma mulher grávida de um Deus cotidiano, no III Seminário NEMES, As Mulheres e Deus, em 26 de Novembro de 2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

Lua Cheia dia 21 de Dezembro

No próximo dia 21 de dezembro, teremos dois eventos astrológicos / astronômicos importantes que envolvem o Sol, a Terra e Lua num mesmo dia: 


- o Eclipse Total da Lua às 06:13 a 29°20’ de Gêmeos,
- e o Solstício de Verão (hemisfério sul) e de Inverno (hemisfério norte) – indicando a entrada do Sol no signo de Capricórnio.


Embora esses fenômenos aconteçam sempre, dificilmente ocorrem na mesma data. A última vez que aconteceu um eclipse lunar no solstício de verão foi em 1991 quando a Lua ficou apenas 9% coberta pela sombra da Terra. O anterior foi em 21 de dezembro de 1657, novamente com eclipse parcial quando a Lua esteve 24% coberta. Uma próxima ocasião será somente em 2094 quando um eclipse total da Lua, visível em parte no Brasil, coincidirá com o solstício de verão no dia 21 de dezembro.


Além desses dois pontos , quero ressaltar também que o eclipse acontece no centro da nossa galáxia, um ponto já sensibilizado pelas conjunções dos planetas Saturno e Urano; Júpiter e Plutão; e Marte e Plutão. Para a Astrologia estes graus de encontro ficam sensibilizados em nossas vidas.


O Centro Galático é o centro de rotação de nossa galáxia. Caracteriza-se principalmente por ser um local de intensa radiação eletromagnética, devido à existência de um buraco negro no seu centro, em volta do qual rotaciona nossa galáxia. Junto a estes buracos negros, desenvolvem-se novas estrelas, que são berçários de estrelas de grande brilho e energia. Assim, ao mesmo tempo em que os buracos negros “devoram” velhas estrelas, liberando grandes quantidades de Raios X e Infravermelhos, eles permitem o desenvolvimento de novas colônias estelares, mais jovens e brilhantes.


O Eclipse Lunar tem natureza imprevista, provoca um confronto entre passado e futuro. Sagitário trouxe o novo, e não podemos deixar que as memórias subjetivas nos tirem do nosso foco. Sagitário precisa de silencio para poder alcançar aquilo que quer; por acontecer próximo ao centro da nossa galáxia, podemos pensar que os pontos tocados neste eclipse estão associados a uma nova força da vida. Vale lembrar que para o Hemisfério Norte esta é a noite mais longa do ano – que pressupõe na sequencia o retorno da luz. Nasce o Cristo – A Luz do Mundo!


Como Mercúrio ainda está retrogrado, é prudente reforçarmos a atenção ao máximo, porque, quando uma grande quantidade de energia é liberada, ela tende a ser utilizada de forma imprudente. Cuidado com as palavras, tenha mais atenção nas suas colocações e sobretudo, procure não se envolver em discussões. Eleve seus pensamentos, mude de ambiente, se perceber que há muita excitação. Evite multidões e excessos. Este é um momento em que devemos escutar a nossa voz interior, porque os eclipses podem trazer coisas extraordinárias. A busca da nossa verdade, sugerida nesta lunação de Sagitário, pode ser compreendida e apreendida com mais clareza.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Rumi

Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
e reflete, como a mina de rubis,
os raios de sol para fora de ti.
A viagem conduzirá a teu ser,
transmutará teu pó em ouro puro.

pensamentos...

Se pudesse viver novamente, na próxima vida tentaria cometer mais erros.
Jorge Luis Borges

Sagitário

A Lua Nova deste mês ocorre aos 13º28’ de Sagitário, signo de fogo, regido por Jupiter.
Sagitário é o signo da fé e da ação conjugadas. É a grande viagem do espírito que procura sobre a terra a verdade do céu. 

A fé, é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdade, pela absoluta confiança que depositamos neste algo ou alguém (wikipedia).  É neste signo que se busca a verdade, ampliando os nossos horizontes, buscando novos conhecimentos, alcançando assim novas fronteiras e novos destinos. 

Para aprofundar e solidificar as razões da fé, ou a convicção de que este algo é uma verdade, o homem tem de ser um peregrino incansável.  Peregrinar é sobretudo buscar, e busca-se movido pelo desejo de tornar a vida mais significativa. É pela viagem que as pessoas podem encontrar seu caminho espiritual e fundamentar a sua existencia de forma mais ampla. Temos nos mitos a historia desta viagem, a saída do herói de sua casa, que geralmente não tem um pai, e vai em busca da verdade, do significado da sua vida no seu sentido mais amplo.  

A viagem a Santiago de Compostela retrata bem esta saída.  É uma rota sagrada de testes e escolhas, provações e obstáculos, onde as pessoas vivem a experiência direta daquilo que revela o significado de suas vidas. É um processo de despertar e de se transformar.  Portanto o significado do Caminho está na forma como esta experiência afeta cada um, de uma forma única e particular, porque as vivências são únicas, pessoais e intransferíveis.

Inseparável da arte de viajar, está o anseio de romper com os hábitos da nossa vida comum, de se afastar pelo tempo que for necessário da nossa rotina, até poder ver de outra maneira o mundo que está ao nosso redor.  Neste sentido, Sagitário imprime nas pessoas um sentimento de otimismo e positividade para que esta busca possa ser feita.  Portanto o novo deve ser privilegiado com muita atenção durante este ciclo.

Sagitário é também o signo que nos deixa mais sensíveis à solidariedade humana.  É ele quem desenvolve a consciência social e fortalece sua identidade no serviço que presta aos outros.  Enquanto ele não faz isso, não se sente uma pessoa plena.  Assim, nesta época nasce em nós um espírito de camaradagem que precisa e deve ser cultivado.  

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Não Culpes Ninguém

Nunca te queixes de ninguém, nem de nada,
porque fundamentalmente
Tu fizeste o que querias da Tua vida.
Aceita a dificuldade de edificares-te a ti mesmo
e o valor de começares corrigindo-te.
O triunfo do verdadeiro homem
surge das cinzas do seu erro.
Nunca te queixes
da Tua solidão ou da tua sorte,
Enfrenta-a com valor e aceita-a.
De uma maneira ou de outra
é o resultado dos teus actos e prova que Tu
sempre hás de ganhar.
Não te amargures com o teu próprio fracasso
nem carregues o fardo a outro,
aceita-te agora
ou continuarás justificando-te como uma criança.
Recorda que qualquer momento
é bom para começar
e que nenhum é tão terrível para claudicar.
Não esqueças
que a causa do Teu presente é o Teu passado
assim como a causa do Teu futuro será
o Teu presente.
Aprende com os audazes,
com os fortes,
com quem não aceita situações,
com quem viverá apesar de tudo,
pensa menos nos teus problemas
e mais no Teu trabalho
e os teus problemas sem os alimentares morrerão.
Aprende a nascer da dor
E a ser maior
que o maior dos obstáculos,
Olha-te no espelho de ti mesmo
e serás livre e forte
e deixarás de ser
um fruto das circunstâncias
porque Tu mesmo és
o Teu destino.
Levanta-te e olha o sol cada manhã
e respira a luz do amanhecer.
Tu és parte da força da Tua vida,
agora desperta, luta,
caminha,
decide-te e triunfarás na vida;
nunca penses na sorte,
porque a sorte é:
o pretexto dos fracassados.
Pablo Neruda
(...)

Canto de Mim Mesmo

Já disse que a alma não é mais do que o corpo,
E disse que o corpo não é mais do que a alma,
E nada, nem Deus, é maior para uma pessoa do que ela própria,
E quem caminha duzentos metros sem amar caminha amortalhado para o seu próprio funeral,
E eu ou tu que não possuímos um centavo podemos comprar o melhor que a Terra contém,
E olhar com um só olho ou mostrar um feijão na sua vagem desconcerta a aprendizagem de todos os tempos,
E não há ofício nem emprego em que um jovem não possa converter-se em herói,
E não há delicado objecto que não possa servir de eixo às rodas do universo,
E digo a todos os homens e mulheres: Que a tua alma permaneça tranquila e serena ante um milhão de universos.

E digo à humanidade: Não sintas curiosidade por Deus,
Porque eu que tenho curiosidade por tudo não sinto curiosidade por Deus,
(Não há palavras que possam definir a paz que sinto em relação a Deus e à morte).

Escuto e contemplo Deus em cada objecto, ainda que não O entenda minimamente,
Nem entenda que possa existir alguém mais maravilhoso do que eu próprio.

Porque é que desejaria ver Deus melhor que este dia?
Vejo algo de Deus em cada uma das vinte e quatro horas, e vejo-o em cada momento
que passa,
Vejo Deus no rosto de homens e mulheres e no meu próprio rosto ao espelho,
Encontro cartas de Deus espalhadas pela rua, todas assinaladas com o seu nome,
E deixo-as onde estão pois sei que vá para onde for
Chegarão sempre outras pontualmente.

Walt Whitman

domingo, 21 de novembro de 2010

Dois tempos

A vida é um sistema instável no qual se perde e se reconquista o equilíbrio a cada instante; a inércia é que é sinônimo de morte. A lei da vida é mudar.”
La Vieillesse. Simone de Beauvoir